Bandeiras tarifárias começam a ser reduzidas a partir desta terça-feira (26)
A conta de luz pode começar a ficar mais barata já nos primeiros
meses deste ano, segundo afirmou, nesta segunda-feira (25), o diretor da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) José Jurhosa.
De acordo com o diretor, as bandeiras tarifárias, encargo adicionado à
conta de luz para custear as usinas térmicas, devem começar a ser
reduzidas.
Nesta terça-feira (26), serão apresentados os novos valores das
bandeiras, mais baratos, além de ser criada uma quarta cor, a rosa, com
encargo intermediário - entre a bandeira amarela e a vermelha.
Atualmente, as bandeiras se dividem em três cores, verde -que não
adiciona qualquer valor-, amarela -que adiciona R$ 2,5 a cada 100
kilowatts-hora consumidos-, e a vermelha -que adiciona R$ 4,5 a cada 100
kilowatts-hora consumidos.
Desde a implantação do sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de
2015, a cor da bandeira está vermelha, o que tem encarecido em 10% a
conta de luz.
A expectativa é que as cores sejam reduzidas gradualmente -primeiro para a nova cor rosa, depois amarela e, por fim, verde.
Jurhosa afirmou também que há poucos fatores de elevação da conta de luz para 2016.
Assim, com a retirada das bandeiras, as tarifas cobradas dos consumidores tendem a ficar estagnadas, ou até mesmo a cair.
Ainda há preocupação com o Nordeste, que enfrenta escassez hídrica. As
estimativas para o período chuvoso para a região, que se inicia em maio,
será definidor para o sistema das bandeiras -as principais térmicas que
estão ativas ficam nessa região.
"Poderíamos utilizar a usina de Belo Monte para abastecer o Nordeste,
mas com a liminar impedindo o enchimento do reservatório, não sabemos
quando poderemos usá-la", disse Jurhosa.
Desde o início do ano, o Ministério Público detém uma liminar impedindo a
finalização da construção da usina. O órgão alega que a empresa
concessionária, a Norte Energia, não cumpriu a exigência de reestruturar
a Funai.
Jurhosa espera que a situação se resolva nas próximas semanas.
"Pareceu-me um argumento muito frágil para arriscar todo um
planejamento", afirmou.
FONTE : FOLHA DE PERNAMBUCO