Até sexta-feira (23), bancários haviam fechado 13,4 mil agências, o equivalente a 57% dos pontos
A Fenaban (braço sindical da Febraban, associação que representa os bancos) marcou para esta terça-feira (27) uma nova rodada de negociação salarial com os bancários, em uma tentativa de por fim à greve da categoria. A última conversa ocorreu no dia 15 de setembro. Nesta segunda, a paralisação dos bancários chegou ao 21º dia, retomando o número de dias parados registrado em 2015.
Os bancários pedem reajuste salarial de inflação (9,62%) mais aumento real de 5%. A Fenaban oferece aumento de 7% mais o pagamento de um abono de R$ 3.300. Essa proposta dos bancos foi apresentada ainda no começo da greve, dia 9 de setembro, e foi considerada insuficiente pela categoria. No ano passado, a greve rendeu aumento real de 0,11%.
TRANSTORNOS
Os transtornos mais significativos para a população devem começar agora. Nesta segunda, o INSS iniciou o pagamento dos benefícios de setembro aos segurados que recebem até um salário mínimo. Na prática, a maior parte dos serviços bancários é realizada digitalmente pelos clientes, especialmente nos grandes centros urbanos, o que diminui o impacto da greve no dia a dia das pessoas.
Até a última sexta-feira, os bancários haviam fechado 13,4 mil agências em todo o país, o equivalente a 57% dos pontos, segundo relato da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).
DEMISSÕES
Também nesta segunda a Contraf divulgou estudo sobre as demissões no setor. De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), foram fechados 9.104 postos de trabalho nos bancos entre janeiro e agosto desde ano, crescimento de 51,7% em relação com igual período de 2015. Em todo o ano de 2015, os bancos fecharam 9.886 postos de trabalho. Os dados são baseados no Caged (Cadastro geral de empregados e desempregados).
FONTE : FOLHA DE PERNAMBUCO