Rica em antioxidantes e citrulina, frutinha nortista agrada surfistas, turma da academia e jogadores de futebol
Se a rotina física não é puxada, vale combinar com fruta
Há poucos dias, no noticiário esportivo, um jogador do Sport creditou ao açaí tomado após o jogo como um dos motivos do bom rendimento do time dentro do gramado. Se em outros tempos o preparo à base da polpa da frutinha roxa nortista era consumido de forma não deliberada pelos praticantes de esportes de alta intensidade, na maioria das vezes surf e skate, agora é percebida uma ingestão mais consciente e para muito além do gosto pelos atletas.
“No pós-treino, principalmente aquele em que o gasto calórico é muito elevado, é preciso repor as perdas com um carboidrato energético, rico em proteínas e de alto valor nutritivo. Aí aparece o açaí que reúne todas essas características e ainda é a fruta que mais contém antioxidante”, explica a nutricionista Virgínia Campos. Para o fisiologista do Sport Club do Recife, Inaldo Freire, entre as várias virtudes, o açaí diminui bastante a dor muscular tardia, que é uma das grandes queixas dos atletas nos dias seguintes aos treinos e partidas.
“Têm duas coisas muito importantes no açaí: a antocianina, que está presente na casca do açaí e combate radicais livres, e a citrulina, que auxilia na recuperação muscular dos jogadores”, rubrica Freire. Segundo ele, a citrulina ajuda muito na dor tardia, que são aquelas 48 horas na qual o jogador fica todo dolorido. “Além dessa propriedade, o açaí tem alguns minerais importantes como ferro, cálcio e potássio, que são perdidos em massa na desidratação”, acrescenta.
Mas é preciso cuidado nas proporções: para um atleta, que tem que um alto gasto calórico, o ideal é combinar a polpa do fruto com banana e granola, para elevar o índice glicêmico. “Mas para um consumidor que vamos chamar de comum, tem que ficar de olho na quantidade, para não engodar gratuitamente”, adverte Virgínia Campos, que recomenda outra saída para os atletas, como “uma vitamina de banana, que combina carboidrato de rápida absorção com vitamina, funcional na recuperação muscular”, indica.
Pesquisas da profissional também chamam a atenção para o poder da beterraba nessa seara. “Suco verde já deu, agora é a vez do suco rosa. Um suco de meia beterraba crua com chia, morango e gojiberry aumenta o índice de óxido nítrico na corrente sanguínea, vasodilatando-o e ajudando o corpo na performance e na regeneração muscular”, antecipa, provavelmente, o novo frisson que assistiremos em breve.
CARDÁPIO - O professor de educação física Eduardo Miranda, da Academia R2, indica para o pós-treino o consumo de batata-doce com ovo cozido e atum. Tapioca recheada com atum e queijo cottage também é opção.
SERVIÇO:
Virgínia Campos (nutricionista)
Informações: 9282.1177
Inaldo Freire (fisiologista)
Informações: 3227.1213