quarta-feira, 2 de março de 2016

COTIDIANO : Servidores do Hospital Ermírio Coutinho em Nazaré Da Mata estão em greve

Diretor da unidade informa que deve R$ 1,6 milhões a fornecedores e funcionários

Motivo da greve é a falta de pagamento dos funcionários

Grupo de servidores do Hospital Regional Ermírio Coutinho – Maria Lucinda, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do Estado, cruzou os braços na manhã desta quarta-feira (2). De acordo com os trabalhadores, o motivo da greve é a falta de pagamento dos funcionários na primeira quinzena de janeiro e da segunda de fevereiro.
Procurada pelo Portal FolhaPE, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que "esclarece que vem discutindo e trabalhando juntamente com a unidade o reajuste dos valores dos repasses”. Ainda conforme a SES, Os repasses para a unidade estão em dia, conforme calendário regular.
De acordo com o diretor da unidade de saúde, o médico Francisco Madeiro, os médicos e demais funcionários estão no local e o atendimento aos pacientes já internados ocorre normalmente, porém os servidores não vão receber casos, a não ser aqueles considerados de emergência.
“O repasse está em dia, mas os valores são referentes a dois anos atrás. Todo ano, há uma repactuação, mas isso não ocorreu aqui. Passamos 2014 e 2015 sem reajuste. As dívidas a fornecedores e funcionários chega a R$ 1,6 milhões”, afirmou.
Ainda conforme Madeiro, o realinhamento do repasse do Governo do Estado chegaria a R$ 2 milhões, se tivesse ocorrido. “Hoje, eu teria um saldo de R$ 400 mil, e não essa dívida”, declarou.
Ele afirmou, ainda, que entende a situação dos funcionários grevistas, pois alguns deles estão sem alimentação em casa e sem ter como pagar as contas particulares deles. “Eles estão sem receber. Mas, se o Governo pagar o mês de março, faço os pagamentos e voltamos a funcionar na sexta”, declara em tom de negociação.
Ainda conforme o diretor, apesar do rombo financeiro, não falta remédio e materiais na instituição.
Uma técnica em enfermagem, que preferiu não se identificar, declara que faltam recursos. “Não recebemos janeiro e a segunda parte de fevereiro. Além disso, faltam vários materiais, medicamentos e, em breve, deve começar a faltar alimentação”, afirmou.
FONTE : FOLHA DE PE


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