Paulo Câmara em entrevista após diplomação. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), revela uma preocupação com o valor dos investimentos públicos do Estado em 2015 e admite que a expectativa é que eles caiam em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (13). “Estamos apertadíssimos. Na LRF estamos enquadrados em todos os indicadores. Não temos atraso de folha, fizemos o dever de casa. Cortamos, tiramos os excessos”, afirma, sobre a situação das finanças do Estado.
O governador trata a dificuldade de garantir os investimentos como “a grande prioridade e a preocupação” da gestão. “Tínhamos uma média de investimento de R$ 600 milhões por ano, em 2007, elevamos esse patamar para R$ 3 bilhões em 2014, multiplicamos por cinco. O desafio é evitar que o valor desse investimento caia”, diz.
Ao ser questionado sobre a queda, Paulo diz que o Governo do Estado trabalhou esses R$ 3 bilhões com recursos próprios, convênios com a União e operações de crédito. Ele lembra, então, que a sinalização do governo federal é de que vai segurar as operações de crédito e preservar o superávit primário.
Perguntado sobre qual seria o impacto do arrocho federal nos investimentos do Estado, o governador responde: “Um bilhão por ano. Em média.”
“Temos as parcerias em andamento, de convênios com a União, não temos ainda a dimensão de quanto serão os cortes, mas deve ser algo muito forte”, explica em seguida.
Para Paulo Câmara, o desafio de governar Pernambuco se tornou muito maior após a morte do padrinho político Eduardo Campos. “Ficamos um pouco órfãos”, diz.
NÃO SE IDENTIFICA COM O PSDB – O governador pernambucano também garante que o PSB vai continuar independente no plano nacional. “Nós tínhamos uma maneira de pensar, ideais que não se acabam do dia para a noite”, explica.
Paulo Câmara reconhece que o partido teve um viés de oposição nas últimas eleições, mas rejeita a aliança automática com o PSDB e elogia os petistas. “Nossa identificação com o PSDB foi uma coisa pontual, ali no segundo turno da eleição. Não é uma coisa com que nós nos identificamos”, garante.
“Com o PT nós estivemos juntos muito tempo, essa é a verdade. Se fomos fazer o balanço, vamos ver que tivemos mais convergências do que divergências”, diz ainda. Ele nega, porém, que uma reaproximação política com os petistas esteja na pauta do PSB.
FONTE : Blog Do Jamildo
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