Áureo Cisneiros foi punido com suspensão de 20 dias acusado de ter entrado sem autorização no IML
Presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Depois da punição ao presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, na última sexta-feira, com suspensão de 20 dias, acusado de entrar sem autorização no Instituto de Medicina Legal (IML) e interromper o trabalho na sala de necropsia, o Sinpol divulgou nota de posicionamento. A reportagem da Folha de Pernambuco procurou a Secretaria de Defesa Social, mas não obteve resposta.
A seguir, a nota na íntegra:
Em mais um ato de perseguição, governo pune presidente do Sinpol em meio à greve geral
Demonstrando estar totalmente desconectado da realidade, o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, tem insistido na estratégia de jogar a responsabilidade por seu desgoverno em suas vítimas. Foi assim diante do crescimento assustador dos casos de estupro – quando orientou as mulheres a não beberem e a voltarem cedo para casa; no crescimento vertiginoso em todas as modalidades de crimes praticados no estado, situação que ele avalia como “desconfortável” e que está sendo superestimada; e quando se pronunciou contra a maior Greve Geral da história do país, se colocando ao lado do governo ilegítimo de Michel Temer e a favor da reforma da previdência.
Não satisfeito, usando um dos seus assessores, o Secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, agora decidiu punir administrativamente o Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), Áureo Cisneiros. Dessa vez, por denunciar e mostrar, através da imprensa, as péssimas condições em que funcionavam e funcionam até hoje o Instituto de Medicina Legal (IML). O intrigante é que a punição foi aplicada justamente em meio ao protagonismo do SINPOL na organização das mobilizações que culminaram com a greve geral e um grandioso ato que levou mais de 100.000 pessoas ao Centro do Recife contra as reformas de Temer que o governador apoia. A decisão, totalmente política, evidencia uma reiterada prática do governo de Paulo Câmara, independentemente de quem venha a estar como Secretário de Defesa Social: a perseguição.
Há cerca de dois anos o Sinpol vem denunciando a falta de condições de trabalho a que os Policiais Civis de Pernambuco estão submetidos diariamente. O armamento com o qual trabalham está defasado e apresenta diversos casos de falha, não há coletes à prova de balas em número suficiente, o efetivo é de metade do necessário, faltam viaturas, gasolina, papel para imprimir Boletins de Ocorrência, limpeza e tantas outras coisas. Além disso, a maioria dos imóveis em que estão instaladas as delegacias e institutos da Polícia Civil não tem condição alguma de oferecer o mínimo de conforto para policiais e cidadãos.
É o caso do IML, situação denunciada pelo Sinpol que gerou a descabida punição. Nas instalações do Instituto há registros de casos de Policiais que ficaram cegos, outro que contraíram tuberculose e diariamente centenas de cidadãos se expõem a graves riscos, em virtude das deficiências e insalubridade do local. Diante de uma realidade tão grave, nos assusta que o caso esteja sendo usado como instrumento de perseguição política e pressão institucional. Dito isso, anunciamos que vamos recorrer judicialmente e para demonstrar que esse tipo de atitude não nos intimidará, divulgaremos em junho um novo dossiê com a realidade que o governador e seu secretário tentam esconder: não há efetivo suficiente e muito menos condições de trabalho dignas para a Polícia Civil.
A seguir, a nota na íntegra:
Em mais um ato de perseguição, governo pune presidente do Sinpol em meio à greve geral
Demonstrando estar totalmente desconectado da realidade, o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, tem insistido na estratégia de jogar a responsabilidade por seu desgoverno em suas vítimas. Foi assim diante do crescimento assustador dos casos de estupro – quando orientou as mulheres a não beberem e a voltarem cedo para casa; no crescimento vertiginoso em todas as modalidades de crimes praticados no estado, situação que ele avalia como “desconfortável” e que está sendo superestimada; e quando se pronunciou contra a maior Greve Geral da história do país, se colocando ao lado do governo ilegítimo de Michel Temer e a favor da reforma da previdência.
Não satisfeito, usando um dos seus assessores, o Secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, agora decidiu punir administrativamente o Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), Áureo Cisneiros. Dessa vez, por denunciar e mostrar, através da imprensa, as péssimas condições em que funcionavam e funcionam até hoje o Instituto de Medicina Legal (IML). O intrigante é que a punição foi aplicada justamente em meio ao protagonismo do SINPOL na organização das mobilizações que culminaram com a greve geral e um grandioso ato que levou mais de 100.000 pessoas ao Centro do Recife contra as reformas de Temer que o governador apoia. A decisão, totalmente política, evidencia uma reiterada prática do governo de Paulo Câmara, independentemente de quem venha a estar como Secretário de Defesa Social: a perseguição.
Há cerca de dois anos o Sinpol vem denunciando a falta de condições de trabalho a que os Policiais Civis de Pernambuco estão submetidos diariamente. O armamento com o qual trabalham está defasado e apresenta diversos casos de falha, não há coletes à prova de balas em número suficiente, o efetivo é de metade do necessário, faltam viaturas, gasolina, papel para imprimir Boletins de Ocorrência, limpeza e tantas outras coisas. Além disso, a maioria dos imóveis em que estão instaladas as delegacias e institutos da Polícia Civil não tem condição alguma de oferecer o mínimo de conforto para policiais e cidadãos.
É o caso do IML, situação denunciada pelo Sinpol que gerou a descabida punição. Nas instalações do Instituto há registros de casos de Policiais que ficaram cegos, outro que contraíram tuberculose e diariamente centenas de cidadãos se expõem a graves riscos, em virtude das deficiências e insalubridade do local. Diante de uma realidade tão grave, nos assusta que o caso esteja sendo usado como instrumento de perseguição política e pressão institucional. Dito isso, anunciamos que vamos recorrer judicialmente e para demonstrar que esse tipo de atitude não nos intimidará, divulgaremos em junho um novo dossiê com a realidade que o governador e seu secretário tentam esconder: não há efetivo suficiente e muito menos condições de trabalho dignas para a Polícia Civil.
FONTE : FOLHA DE PERNAMBUCO
Nenhum comentário:
Postar um comentário